quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MÁRCIO BECK MACHADO - Vanderley-Revista


MÁRCIO BECK MACHADO
Militante do MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO POPULAR (MOLIPO).
Nasceu em 14 de dezembro de 1945, em São Paulo. Filho de Otávio Meneses Machado e Edna Beck Machado. Estudante de Economia da Universidade
Mackenzie, em São Paulo.
Foi preso no XXX Congresso da UNE, em 1968 e, em 1° de abril de 1970, teve sua prisão preventiva decretada. Foi indiciado, também, nos Inquéritos
Policiais de números 7/72 e 9/72.
Em 23/10/72, teve sua prisão preventiva decretada pela 2ª Auditoria Militar, referente a um outro processo de n° 100/72.
Foi morto em combate, em maio de 1973, em um sítio entre as cidades de Rio Verde e Jataí, em Goiás, juntamente com Maria Augusta Thomaz, também
desaparecida.
Os agentes do DOI/CODI-SP comentaram abertamente com os presos políticos que se encontravam naquele órgão policial que Márcio e Maria Augusta haviam
sido mortos, apesar de jamais terem admitido tal fato oficialmente.
Conforme depoimentos colhidos por jornalistas, em 1980, o casal se encontrava na Fazenda Rio Doce, em Rio Verde, cerca de 240 quilômetros de Goiânia, por
ocasião do assassinato. O fazendeiro Sebastião Cabral e seu empregado foram encarregados de enterrar os corpos de Márcio e Maria Augusta, esfacelados
pelos tiros. Os policiais lhe recomendaram que o sepulamento fosse feito a “pelo menos 200 metros do asfalto”. Três homens foram à fazenda e exumaram seus
restos mortais, ao saber das investigações sobre o caso, que iniciaram-se em 1980, deixando em covas abertas alguns dentes e pequenos ossos.
No Boletim Informativo do Ministério do Exército de janeiro de 76, os nomes de Márcio Beck e Maria Augusta foram retirados da lista de procurados por
serem considerados mortos.
Em documento dos órgãos de repressão encaminhado ao Delegado Romeu Tuma, Diretor do Dops em 1978, foram assumidas as mortes de Beck e Maria
Augusta.
Mesmo assim, as autoridades policiais jamais informaram aos familiares a respeito dessas mortes.
O Relatório do Ministério do Exército diz que “teria sido morto em tiroteio juntamente com Maria Augusta Thomaz, numa fazenda em Rio Verde/GO, no dia
17/5/73.” O Relatório do Ministério da Marinha afirma que, “em maio/73, foi morto em Goiás, em tiroteio, durante ação de segurança.”

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